6 multas de trânsito mais comuns e como evitá-las

Dirigir um veículo é uma atividade que exige atenção e responsabilidade, uma vez que qualquer deslize pode resultar em multas de trânsito. Embora existam diversas infrações, algumas delas são mais comuns, como trafegar acima do limite da via, avançar sobre a faixa de pedestres e cruzar o farol vermelho.
Elas foram feitas para garantir o cumprimento às leis de trânsito e chegam a custar 293,47 reais. Os valores e os pontos de penalidade na CNH são proporcionais à gravidade da infração.
Com o Renavam e a placa, você pode consultar o site do Detran para descobrir se o carro tem multa. Outros dados do histórico do veículo podem ser descobertos com uma vistoria veicular, feita ao mudar o dono do carro.
Neste post, abordaremos as seis multas de trânsito mais frequentes e daremos dicas para evitá-las, contribuindo para um trânsito mais seguro e consciente. Boa leitura!
1. Excesso de velocidade
A infração de excesso de velocidade varia de acordo com o percentual ao qual a velocidade é excedida. Se você exceder 20%, por exemplo, vai levar uma multa média, com quatro pontos e 130,16 reais.
Caso esteja entre 20% e 50%, a multa é grave, trazendo cinco pontos e 195,23 reais. Se passar do 50%, incorre em uma infração gravíssima. Nesse caso, há a computação de sete pontos na carteira.
O valor chega aos 880,41 reais, por conter no cálculo a multa gravíssima com um multiplicador que triplica seu valor. Aqui, também há a suspensão da CNH, tirando o direito de dirigir por até oito meses. Essa decisão vai de acordo com as circunstâncias e o histórico do motorista.
2. Avançar o sinal vermelho
Avançar o sinal vermelho é uma multa gravíssima de 293,47 reais, com sete pontos na carteira. A infração segue a recomendação do artigo 208, do Código de Trânsito Brasileiro. Ainda assim, a regra muda de acordo com o município.
Algumas cidades, por exemplo, contam com semáforos com amarelo piscante depois das 22h. Nesse caso, é possível cruzar sem o risco de infrações. Fora esse caso, a orientação é nunca atravessar o sinal vermelho.
A presença da multa trava a atualização dos documentos do carro. A razão é a necessidade de pagar as dívidas para, por exemplo, fazer o licenciamento. Só a multa por avançar no sinal vermelho não leva à suspensão da carteira, dependendo de atingir os 40 pontos.
3. Não usar cinto de segurança
Não usar cinto de segurança é uma infração considerada grave, de 195,23 e 5 pontos na carteira. No começo de 2022, a infração rendeu R$ 8,8 milhões em multas só em SP.
O cinto de segurança foi feito para proteger as pessoas contra movimentos prejudiciais ao corpo que podem surgir em uma colisão ou parada brusca.
O dispositivo reduz a chance de morte ou danos graves de uma colisão, minimizando os impactos secundários e mantendo os ocupantes na posição certa para que o airbag seja eficiente.
Vale lembrar que a multa é aplicada mesmo quando o passageiro, e não o motorista, é quem está sem cinto.
A orientação vale até para motoristas de aplicativo, cujos passageiros nem sempre usam o dispositivo. O dinheiro das multas vai para o FUNSET, um fundo do Senatran criado para segurança e educação de trânsito e para o sistema nacional de trânsito.
4. Dirigir com a habilitação vencida
Dirigir com a habilitação vencida é uma multa gravíssima, que gera sete pontos na carteira e pagamento de 293,47. Só que a multa não é imediata, pois existe um prazo de tolerância de 30 dias para a renovação.
A CNH tem validade de 10 anos para quem tem até 50 anos de idade. Para os acima de 50 anos e abaixo de 69, a validade é mais curta, de cinco anos. Acima dos 70, a renovação é feita a cada três anos.
Hoje, existe a possibilidade de portar a CNH digital, acessada pelo aplicativo do Senatran. As necessidades variam de acordo com o tipo de habilitação, mas normalmente é preciso fazer o exame toxicológico e exames para aptidão física e mental.
5. Não dar preferência ao pedestre
Furar a faixa de pedestre é computado como multa gravíssima, com 293,47 reais e sete pontos na carteira. As multas não são só aplicadas para quem não dá preferência, mas para quem estaciona, retorna ou ultrapassa na faixa de pedestre.
Quem é condenado por crime de trânsito também tem a pena agravada se isso acontece na faixa. O desenho no asfalto que intercala linhas escuras e claras, como pele de zebra, corresponde ao desafio de respeitar a integridade física e a vida.
Aqui, vale ter em mente que não é preciso desligar o motor para que a lei considere que o carro está estacionado na faixa. Mas caso a parada seja rápida, a infração é considerada leve. Ao deixar de dar preferência, a multa é computada como grave.
6. Mexer no celular enquanto dirige
Mexer o celular enquanto dirige é uma multa na categoria de gravíssima, trazendo sete pontos na carteira. A razão é o aumento no risco de acidentes, porque o cérebro não comporta bem a missão de executar várias tarefas simultaneamente.
As funções para controle de impulsos deixam de ser as mesmas, um efeito parecido com o provocado por um copo de cerveja. Há pelo menos 150 mortes por dia geradas pelo celular no volante.
Além do risco de exceder o limite de pontos, o flagra dói no bolso. Isso acontece porque a multa, que originalmente era de 85,13 reais, virou de 293,47.
Não é só quem fala ao telefone que comete infração, mas quem manuseia ou simplesmente segura o dispositivo.
As multas de trânsito são uma forma de garantir segurança viária que rendem 11 bilhão de reais por ano. Mais da metade das infrações cometidas no Brasil são por trafegar acima do limite de velocidade.
O estado líder em multas é o de São Paulo, com Minas Gerais em segundo lugar. A maior parte das infrações são de gravidade média, ainda que uma grande fatia seja reservada às gravíssimas. Existem outras punições além da multa, que envolvem a suspensão da carteira, a apreensão do veículo e o curso de reciclagem.
Para recorrer de uma multa incorreta, você pode verificar erros de formalidade, preparar a defesa e apelar a outras instâncias.
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